sábado, 5 de novembro de 2011

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Pensamentos em cima das nossas obras

DRAMASP é um projeto de assistir peças que não fazer parte do circuito comercial da cidade e fazer resenhas atraves de dois pontos, primeiro o sentido desta peça na história do teatro brasileiro e segundo a sua relação com a comunidade/sociedade. Quem tiver indicação de peças é só dá um salve que irei assisti.
Vamos fazer uma reflexão a cerca das nossas próprias obras.
Axé

Emerson Alcalde

sábado, 18 de junho de 2011

Seminário Nacional de Dramaturgia para o Teatro de Rua

Ta rolando um seminário sobre a Dramaturgia do Teatro de Rua no Instituto de Arte na UNESP próximo ao Metro Barra Funda.
Confira a programação completa no site

www.nucelopavanelli.com.br


domingo, 29 de maio de 2011

II Pequena Mostra de Teatro da UNIFESP

Aconteceu nesta semana a II Pequena Mostra de Teatro da UNIFESP (Guarulhos) com o tema Periferia do Teatro e Teatro da Periferia. Organizado pela Cia do Caminho Velho. O evento contou com palestras, oficinas, rádio-teatro, leituras dramáticas e espetáculos. O mais interessante que o público que frequentou o evento, na sau maioria, não era os estudantes da faculdade, e sim a comunidade do entorno. Que fica na periferia da cidade no bairro dos Pimentas, um dos mais afastados e carentes. E o Teatro Adamastor que é da prefeitura de Guarulhos fica dentro da faculdade complicando um pouco a circulação de espetáculos, pois não se tem a libertade dos outros que são independentes. Mas nesta caso a comunidade compareceu assistiu e debateu questões ligadas ao teatro contemporâneo. Os alunos do CEU que fica ao lado assistiram a duas leituras de textos que estavam em busca de construção de uma dramaturgia fundante. E a prova de que podem funcionar foi com a devolutiva que os alunos deram aos autores e atores. Eles fizeram perguntas certas dos procedimentos utilizados e porque não outro. E na hora do espetáculo havia mais de 350 pessoas, duas escolas e um público que foi porque mora perto e viu o cartaz. Participaram ativamente da peça. Foi de fato uma grande experiência fazer esta mostra neste espaço e com a presença significante da população externa da universaidade.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Lançamento do livro (A) MASSA na zona leste!


O primeiro foi no centro pra que as pessoas que curtem o meu trabalho e que moram em outro região pudessem ir. Agora chegou a hora e a vez de fazer na zona leste, onde eu moro, na Vila Cisper Ermelino Matarazzo perto do CANGAÍBA. Vamu chegá!

domingo, 27 de março de 2011

ALGO DE NEGRO

O tema da escravidão em nosso país parece não nos deixar em paz. Foi algo tão longo e tão cruel que carregamos e somos carregados de ranços da época colonial. Uma dela é a cordialidade. Este é o mote de pesquisa do FOLIAS nesta nova montagem Algo de Negro. Esta simpatia que temos e achamos super bacana influência no nosso comportamento e na nossa alienação seja ela passiva ou revolucionária. A peça de caráter narrativo e popular se dirige diretamente para a platéia e traz uma alegoria das mitologias africanas para o urbano das ruas. Porém sem serem folcloristas. A música tem papel determinante na encenação desta peça, assim como tem na cultura negra, e o caráter narrativo também vem da cultura oral típica dos povos africanos da qual somos descendentes na qual é ofuscada pelo raciocínio ocidental da razão aristotélica.
Esta peça mostra a limpeza ética que fizeram na cidade. Mandando os pobres, pretos para as periferias e como estão fazendo neste momento destruindo as favelas e mandando o povo para os municípios próximos, pois em São Paulo não cabe mais. Os personagens são moradores de rua que com o rito do dia-a-dia se tornam entidades da religião africana. E estes personagens são proibidos de pensar, bastando apenas ser cordial. Esta é a característica do brasileiro. A cordialidade impede de sermos violentos, de quebrar tudo como no Egito, das historias de confrontos na Argentina, Chile e outros países vizinhos. Mas a gente não. Somos cordiais e tem gente que ainda se orgulha desse nosso jeitinho de ser. Jeitinho que só favorece aos poderosos. É, tomamos tapas na cara e ainda somos simpáticos. Ta na hora de acordar. Temos que ser humildes entre nós, mas arrogantes com eles. Arrogância vem do grego e significa trazer pra si a responsabilidade. Vamos puxar para cada um essa responsa porque as coisas no nosso tempo acontecem por contaminação. É o vírus.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Carta sobre a Ação do Dolores na entrega do prêmio Shell 2011

Alguma coisa aconteceu na noite de 15 de março de 2011 na entrega do Prêmio Shell. Alguma coisa aconteceu. Na verdade aconteceram algumas coisas. Tudo começou quando O grupo Dolores Boca Aberta subiu ao palco para receber o prêmio na Categoria Especial pela pesquisa e criação de A Saga no Menino Diamante – Uma Ópera Periférica que concorriam com atriz Karin Rodrigues, viúva de Paulo Autran (morto em 2007) e indicada pelo encaminhamento e socialização do acervo pessoal do ator a instituições culturais. No discurso o ator Tita Reis leu um texto, enquanto a atriz Nica Maria despeja em sua cabeça um líquido preto simbolizando o petróleo, onde ironizava a patrocinadora do evento pelas contradições que ela carrega. Isso foi a primeira coisa que aconteceu. E a partir daí vieram os comentários. E será a partir destas falas que irei descarregar o verbo.
Norival Rizzo o senhor acha que a Categoria especial não deveria ter concorrência e que o prêmio teria que ter sido entregue a atriz Karin Rodrigues para o arquivo pessoal de Paulo Autran, acredito que o senhor não tenha assistido a peça A Saga do Menino Diamante, e mesmo assim acha que o prêmio foi injusto. Então vamos lá, Paulo Autran era um homem dos palcos a sua história também é a história do teatro brasileiro, um sujeito que ganhou todos os prêmios, em vida, existente em nosso país. Este homem fez tantas peças que em 1994 ele se despediu do teatro com a peça A Tempestade, assim como Shakespeare, foi a sua última peça, de lá pra cá o que aconteceu foi uma gama de diretores e produtores fazendo peças para enaltecê-lo para que mostrasse todo o seu virtuosismo, que era inquestionável, parecia uma homenagem em vida preparando para a sua morte que só ocorreu em 2007. Paulo Autran era um homem dos PALCOS. Só saiu dele quando o seu corpo não agüentou mais. E tenho convicção senhor Norival Rizzo que se Paulo Autran, que fazia um teatro para a elite paulistana, estivesse vivo ele não daria o prêmio destinado ao teatro para um acervo pessoal de um ator, ele como Homem de Teatro, daria para quem estivesse fazendo teatro pois era somente isso que ele fez na vida. Mesmo o Dolores não fazendo teatro em palcos, e nem para as elites, ele entenderia a questão maior do teatro que só existe na relação palco platéia e disso ele entendia muito bem. Assim como ele apoio a apresentação do Teatro da Vertigem na igreja, lembra? Ele não era tão limitado assim.
O Dolores não tinha um espetáculo eles tinham um projeto. Além da pesquisa intensa e de uma qualidade artística memorável havia dois ônibus que levava e buscava as pessoas de comunidades distantes. Começava às 22h e ia até as 5h. Era um acontecimento. Tive a honra se assistir ao lado dos jurados Valmir Santos e Marici Salomão. Eles adoraram! Fiquei surpreso em vê-los por ali naquelas horas em pela zona leste. Se a empresa Shell fez algo de produtivo para a sociedade foi em nomeá-los como jurados, além desses Alexandre Mate e Mario Bolognesi figuras que transitam neste meio. Se fossem outros com certeza nem teriam assistido a este espetáculo, quer dizer projeto, ou melhor, as duas coisas juntas e misturadas. Ainda bem senhor Rizzo, que colocaram neste júri pessoas sensatas e abertas a novas proposições cênicas que não estão presas ao passado e nem a nenhum rabo. Mas não quero pegar o senhor para Cristo, eu sei, o senhor não assistiu A Saga, assim como o senhor existem muitos que acreditam que só exista teatro na praça Roosevelt, Bela Vista e em alguns bairros nobres da capital. Aqui, do lado esquecido da cidade, fazemos arte no mesmo nível que do outro lado, porém não copiamos os seus modelos. E talvez seja isso que os deixam inconformados. E só pra finalizar senhor Rizzo, disso o senhor já sabe só vou enfatizar, TEATRO É UMA ARTE EFÊMERA que acontece no aqui e agora, o resto é registro e vai para um lugar chamado Museu.

por: Emerson Alcalde